quinta-feira, 4 de julho de 2013

A mídia e o cidadão

A mídia e o cidadão

Wilson Ramiro (parafraseando Antônio Gramsci)

2013

Os canais de televisão preparam "suas chamadas", propagandas cada vez mais elaboradas que atraem a atenção do público (isto é, do telespectador) para a sua mercadoria. A mercadoria é toda a programação que dia a dia vai injetar no espírito do cidadão os modos de sentir e de julgar os fatos da atualidade política que mais convém aos inimigos da família e da sociedade. Estamos dispostos a discorrer, com o homem de bem especialmente, sobre a importância e a gravidade daquele ato aparentemente tão inocente que consiste em escolher a rede que se pretende assistir!
É uma escolha cheia de insídias e de perigos que deveria ser feita com consciência, com critério e depois de amadurecida reflexão. Antes de mais, o cidadão deve negar decididamente qualquer solidariedade com a rede que não tenha a sua ideia de vida. Deveria recorda-se sempre, sempre, sempre, que a rede de televisão que não defenda o interesse do povo (qualquer que seja sua cor) é um instrumento de luta movido por ideias e interesses que estão em contraste com os seus. Tudo o que se divulga é constantemente influenciado por uma ideia: servir ao partido dominante, o que se traduz sem dúvida num fato: combater o cidadão que paga impostos. E, de fato, da primeira à última programação, o canal anti vida sente e revela esta preocupação. Mas o pior reside nisto: em vez de pedir dinheiro aos comunistas para o subvencionar a obra de defesa exposta em seu favor, o canal governista consegue fazer-se pagar pelo próprio cidadão que paga impostos, cidadão que ele combate sempre. E o povo paga, pontualmente, generosamente. Centenas de milhares de cidadãos contribuem regularmente todos os dias com sua audiência para o canal anti família, aumentando a sua potência. Porquê? Se perguntarem ao primeiro trabalhador que encontrarem no ônibus ou na rua, defendendo a rede globo, ouvirão esta resposta: É porque tenho necessidade de saber o que há de novo. E não lhe passa sequer pela cabeça que as notícias e os ingredientes com as quais são cozinhadas podem ser expostos com uma arte que dirija o seu pensamento e influa no seu espírito em determinado sentido. E, no entanto, ele sabe que tal canal é vendido, que outro é interesseiro, que o terceiro, o quarto e quinto estão ligados a grupos políticos que têm interesses diametralmente opostos aos seus. Todos os dias, pois, sucede a este mesmo trabalhador a possibilidade de poder constatar pessoalmente que os canais que seguem o governo apresentam os fatos, mesmo os mais simples, de modo a favorecer aos políticos que usam do poder e a política do governo com prejuízo da própria política e do trabalhador.
O governo aprova uma lei? É sempre boa, útil e justa, mesmo se não é verdade. Desenvolve-se uma campanha eleitoral, política ou administrativa? Os candidatos e os programas melhores são sempre os dos partidos do governo. E não falemos daqueles casos em que o canal de televisão ou cala, ou deturpa, ou falsifica para enganar, iludir e manter na ignorância o público trabalhador. Apesar disto, a aquiescência culposa do cidadão em relação ao canal de televisão é sem limites. É preciso reagir contra ela e despertar o cidadão para a exata avaliação da realidade. É preciso dizer e repetir que a audiência atirada distraidamente para a mão do pesquisador é um projétil oferecido ao canal de televisão que o lançará depois, no momento oportuno, contra o próprio cidadão.
Se as pessoas de bem tomassem ciência desta elementaríssima verdade, aprenderiam a boicotar a imprensa anti vida, em bloco e com a mesma disciplina com que o governo boicota a vontade da maioria da população, isto é, a maioria cristã.
Não contribuam com o dinheiro para a imprensa que é contra a vida que vos é adversária: eis qual deve ser o nosso grito de guerra neste momento, caracterizado pela campanha anti família, feitas por todos os meios de comunicação. Boicotem, boicotem, boicotem!

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