quinta-feira, 17 de março de 2011

Ateus

…sou cristão.

Os agnósticos, afirmam que Deus não pode ser conhecido pela razão, portanto, seria um Deus tão inútil, que tanto faz existir ou não existir.

Alguns ateus cobram dos crentes e de um possível Deus, a falta de interação com o mundo.

O sofrimento, conjunto de casos e acasos que afetam o ser humano de forma negativa, é motivador de livros e explicações complicadas e gerador tanto de grupos de ateus quanto de multidões de seitas.

O sofrimento injustificado quando intenso, daqueles que nos joga no chão e do qual não vemos saída, nos faz perguntar porquê?… E isto nem importa se cremos que exista algo supernatural, e mesmo não acreditando que tenhamos a quem fazer a pergunta, ainda assim, quando a dor nos impede de continuar, desejamos saber que fizemos de errado, e sofremos… Porquê?…

Ouvi falar de pessoas que nunca sofreram, ou que quando isto aconteceu foram até magnânimas, aceitaram o sofrimento tal qual um oriental, dizendo --é assim mesmo que tem que ser, jamais se revoltou contra o céu, por que o céu jamais existiu. Um verdadeiro ateu, creio eu, seria aquele que se estivesse pintando a sua casa e percebendo um tsunami se aproximando, sem condição de fuga, continuaria sua tarefa, nada o faria olhar para o céu e pensar como poderia ser diferente. É uma forma de vida estranha, mas é uma forma de vida.

Mas é interessante que os ateus com quem já conversei, não são pessoas resignadas com o destino, são combativas, quase sempre são ateus, não por preferirem que Deus não exista, mas por não aceitarem um Deus que acreditam omisso.

Para os Cristãos, disse Cristo, pedi e será dado… mas a única coisa que se pode pedir é a fé, o mais estranho seria qualquer não crente pedindo a fé, tão estranho quanto um crente pedindo fé, esta dificuldade é tão clara que nas bem aventuranças (Bíblia), Cristo relaciona, não pessoas, mas condições humanas que levam uma pessoa a pedir a fé: felizes os pobres de espirito; felizes os que choram; felizes os perseguidos; e outros.

Se eu creio em Deus, se eu aceito que a razão humana não tem como conhecer Deus, a iniciativa de tornar-se conhecido tem que ser dEle. A fé não paga minhas contas, não aumenta a nota na escola, não me faz mais bonito, mas permite que mesmo que meus defeitos e sofrimentos ainda existam, que eles não sejam impecílhos para minha felicidade.

Os homens de fé, conhecidos com santos, foram pessoas felizes por que em algum momento de sua vida aceitaram a fé, eles não foram felizes porque sua fé os levou a procurar uma morte muitas vezes prematura e horrível, mas a fé os tornou felizes, e para não abdicar de sua fé não fugiram, mesmo de uma morte prematura e horrível.
Um homem de fé não procura a morte, mas não a considera tão importante assim.

Eu acredito que Deus exista…

Os ateus dizem ter certeza que Ele não existe, mas eles querem saber, porque Ele deixa estas desgraças acontecerem…

Se Ele não existe, é preciso que seja feita alguma coisa para minorar o sofrimento de pessoas sofredoras em volta do mundo… porquê?

Precisamos ser submissos a algum código de ética determinado por não sei quem?

Que motivo elevado nos faria aceitar sacrifícios próprios em benefício de quem jamais obteremos retorno?

Se não fizermos nada para ajudar quem quer que seja, isto significaria algum demérito? frente a que?

Se sabemos que tudo acontece como tem que acontecer, que o acaso deverá conduzir e/ou destruir toda a vida, que justificativa nós poderíamos ter para interferir com a sina de quem quer que seja e com isto prejudicar nossa própria sina? Sacrificar-me por nada??????

O sofrimento como vemos, não garante a ausência de Deus no mundo, mas a nossa passividade, garante a falta de Deus em Nós.

Um comentário:

  1. Há um século e meio, uma dócil menina, chamada Bernadete, disse ter visto uma linda e iluminada dama numa gruta.

    Duvidaram. Loucuras de criança.

    Então, algumas pessoas começaram a segui-la quando ia à gruta, para ver do que estava falando. E viram que, de fato, ao chegar ao local e começar a rezar, ela entrava num êxtase profundo, deixava a realidade ordinária deste mundo, sendo absorvida em algum nível de consciência completamente estranho.

    Não acreditaram. O que isso prova, afinal? Talvez esquizofrenia, talvez algum distúrbio mental...

    Chegou um dia em que os curiosos, crentes e crédulos que a seguiam até a gruta, numa dessas ocasiões, viram-na, em meio ao êxtase, se abaixar, rastejar até o fundo da gruta e começar a cavar o chão com as mãos nuas, até que do buraco que ela fez começou a minar água, cada vez mais abundantemente.

    A menina, uma camponesa muito simples, não tinha como saber que uma fonte de água passava debaixo daquele local. Ela disse que fora a dama de luz, que só ela via, a lhe orientar a respeito da fonte.

    Não acreditaram. Talvez pura sorte, coincidência, talvez uma armação...

    Então, naquele pequeno povoado da França, pessoas começaram a beber e se lavar com a água da fonte. E curas simplesmente inexplicáveis aconteceram. Casos que multiplicaram até se tornarem abundantes, e ocorrem ainda hoje.

    Cientistas e médicos foram chamados, e examinaram tais casos, exaustivamente. E comprovaram que as curas não poderiam ser explicadas a partir dos processos naturais conhecidos. Tais curas incluem cura de câncer, paralisia, tumores malignos de diversos tipos...

    Não acreditaram. Talvez a água contivesse alguma substância desconhecida, talvez o poder da mente fosse o responsável por tudo, talvez...

    Numa das idas da menina à gruta, tomada de compaixão, ela abraçou uma outra menina cega, que acompanhava o cortejo que a seguia. E aquela criança cega voltou a enxergar.

    Não acreditaram. Só porque algo não pode ser explicado nós temos que aceitar uma alegação fantástica?

    Quarenta e seis anos após a morte da menina que via a dama de luz, que ela por fim identificou como a "Imaculada Concepção", seu caixão foi aberto para exumação, e seu corpo foi encontrado intacto: ela parecia estar dormindo.

    Não acreditaram. Afinal, existem casos conhecidos de mumificação de corpos, e algum processo natural desconhecido talvez...

    Pouco mais de 150 anos se passaram, desde a primeira aparição, e já foram registrados mais de 7.200 casos de curas extraordinárias, além de 67 curas comprovadamente milagrosas, com registros médicos, análises totalmente científicas.

    Mas os que não acreditavam antes, continuam não acreditando.

    "Para os que crêem, nenhuma prova é necessária. Para os que não crêem, nenhuma prova é suficiente."
    Stuart Chase

    Henrique Sebastião
    vozdaigreja.blogspot.com

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