segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sede Submissa

"Mulher sede submissa ao vosso marido"

Esta frase bíblica, quando lida, gera constrangimento até em mulheres fortes na fé. Por quê? Por que vivemos em uma sociedade doente e não procuramos forças para corrigi-la.

Precisamos saber que, se alguém não acredita que a bíblia seja fonte de verdade, o problema está resolvido, a frase fica sem respaldo e sem sentido. Agora, aos que acreditam na verdade bíblica e em sua origem divina, deve também acreditar que tal livro deseja o melhor, tanto para homens quanto para mulheres e é claro, não é um livro burro.

Outro ponto importante é que a bíblia não tem interesse em regular ou justificar relacionamentos doentios, portanto toda afirmação é feita para pessoas que, pelo menos, desejam ser santas.

Muito mais nos dias atuais, do que no tempo em foi escrita a bíblia, uma união normal é caracterizada pela concordância mútua, tanto do homem quanto da mulher, jamais esperamos que a mulher diga que se casará, embora; não confie, não se acredite amada, tenha medo, ou receie que seu noivo não a socorra em caso de perigo. Alguém que se casa, nesta condição, não é sã.

Esta questão da submissão deve ser determinante na decisão de uma união. Se a cumplicidade necessária não existe, se não há base para, "duas carnes se tornarem apenas uma", se não é possível jurar uma opção de vida até a morte, não é a frase bíblica que deve chocar, mas o que deve chocar é a fragilidade do caráter dos nubentes.

Às mulheres que pretendendo casar-se nas leis da Igreja, e escandalizam-se com a ordem de submissão, não compreenderam que tanto o noivo, quanto a noiva, estão aceitando leis e regras restritivas de comportamento e que a submissão nem chega a ser das mais duras. Infelizmente, apenas quando são "chocadas", as pessoas podem ser avisadas que não entenderam as regras da vida que estão aceitando.

Todos os desvios de comportamento; abusos, violência, humilhações, que transformam a união conjugal, em um inferno na terra, e quase sempre se originam no homem, justamente por se aproveitar de sua melhor condição física, alteram a condição do casamento, de normal para doente, assim antes que qualquer lei seja aplicada é necessária a cura da relação.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

De novo é Natal

Se o Natal fosse apenas...


Se o Natal fosse apenas alegria, seria uma pequena alegria, cheia de privações, onde os personagens são sem teto e excluídos.

Se era festa, então, melhor e com mais qualidade seria uma homenagem a Baco, deus do vinho ou Vesta Deusa da família ou tantos outros deuses e deusas cuja celebrações são lembradas como esplêndidas por seus historiadores, onde se houvessem tristezas seriam esquecidas com músicas, danças e bebidas e onde os costumes e moral vigente não cerceariam os desejos e anseios de liberdade.


Se o Natal fosse apenas esperança, seria uma esperança vazia, porque nenhum motivo existia para acreditar que poderia ser melhor.

Não seria necessário nem bom nascer um rebelde, bem ao contrário, a cultura judia mais que nenhuma outra soube e sabe cultivar a esperança, o pior de tudo é que a pouca esperança que poderia vir de ser um libertador era completamente errada, esta falsa esperança foi determinante para que a ira de um discípulo traidor levasse sua entrega à paixão.


Se o natal fosse apenas confraternização, nada seria de especial, pois na caverna do Natal não houve fraternos.

José e Maria e um parto acontecendo, nem sabemos se havia luz, talvez tochas, talvez um luar incomum, mas apenas Maria e José.
Costumamos participar de confraternizações e para não faltar a tais eventos evitamos nossos irmãos.


Se o Natal fosse apenas doação, seria a doação de sobras, restos finais de acolhidas.

Quando a doação é apenas para garantir aparências, sempre será pela metade e o mesmo agasalho que aquece a pele, gela o coração. Embora a caridade seja o amor mais próximo do amor de Deus, ela não deve ser envenenada pela necessidade de recebermos glória por nossos atos.


O Natal foi apenas o nascimento do filho de Maria, e dizemos apenas, não porque seja pouco mas sim por ser suficiente.

A criança cuja concepção não foi planejada por seu pai e mãe, mas foi preparada no céu. Um Deus que nasceu indefeso e sob os cuidados de uma mulher, destinado a trabalhar, ser apresentado ao mundo e confrontar as filosofias e crenças do seu tempo, um Deus que não apareceu de forma fantástica ou fantasmagórica, um Deus tão impossível hoje em dia quanto em seu tempo.

Que cada um se alegre, alimente esperanças, confraternize e doe e receba, que beba e coma e que dance e se divirta e que isto não se limite a um dia ou a um mês, mas seja caso comum na sua vida e que esta vida feliz estenda-se sobre todos os seres humanos, de todos os povos e todas as crenças, talvez com outros nomes, tipo "boas festas", "feliz ano novo" ou qualquer coisa mais específica para tantas fés, mas isto tudo não é Natal.

Acima de tudo, o Natal é a visita para a mãe que deu à luz o Filho de Deus, é nos deixar guiar pela luz divina, é deixar aos pés do Menino o melhor de nosso coração, quer seja ouro, quer seja incenso, quer seja mirra, também deixar aos pés do Menino todos os nossos fracassos e dores, pois nenhum outro deus soube viver e compartilhar dos sentimentos humanos.